Mergulhou em ilusões... Não que estivesse predisposto a isso, mas, era o caminho mais próximo (quando não há alguém que te aponte uma forma de seguir, as ilusões são as melhores companhias – ou, talvez, as piores). Ele relutou um pouco, não queria se entregar totalmente a elas, mas, não houve jeito. Continuava sem obter respostas, mesmo descarregando perguntas como uma arma descarrega a munição, e, como as respostas não vieram, as ilusões tomaram conta.
A mercê de uma criatividade (é preciso ressaltar que o ímpeto criativo aqui descrito, não é um dos que colaboram por encontrar soluções mais fáceis) relativamente sado-masoquista, as idéias surgidas em sua cabeça, levaram-no a fazer o que fez.
Conjecturou cenas em sua mente e misturou-as com as sensações do momento.
Sentiu que algo estava errado demais. E ouvia cada vez mais forte uma voz que dizia:
- Não acredite no que ela diz! A voz, surgida de um canto obscuro de sua alma, ganhava proporções cada vez mais alarmantes. E sua consciência, imersa em ilusões negras e odiosas, dava cada vez mais ouvido a esse rumor infernal.
Ele perguntou mais uma vez, calma e pausadamente: - Você está me traindo?
E Ela, exibindo um ar de consciência limpa, sorriu como quem dissimula uma pergunta idiota.
Ouviu um grito dentro si e uma gargalhada zombeteira. A voz lhe disse: - Não vês que ela te engana? Se não o fizesse, haveria de te responder e evitaria maiores discussões.
Parte do seu ego queria, realmente, era se convencer de que sua criatividade era demasiadamente estúpida. Convencer-se de que tudo o que pensava não passava de uma mera tolice. Só queria que ela respondesse a sua pergunta. Mas, que ela fosse convincente na resposta. Que olhasse nos olhos dele e dissesse: - Não vês que te amo? Por que haveria de querer outra pessoa? E então tudo ficaria bem. Todavia, algumas pessoas preferem o caminho mais longo, e muito embora o caminho mais perto não seja sempre o melhor, às vezes, é o que chega mais rápido.
Ela calou-se. Não respondeu a sua pergunta. Fez-se de desentendida. Aliás, para ela, a dramatização dele era digna de desprezo, e como tal, indigna de respostas.
Selou a tragédia que estava por vir.
Vociferou-lhe a Voz da alma, e os ouvidos estremeceram de ódio.
Uma descarga de adrenalina percorreu-lhe as veias. Suou sangue nesse minuto.
Perdeu o controle. E, como estivesse sem coordenação, assumira-lhe o corpo a maléfica voz da consciência deturpada.
Sacou uma arma. Apontou-lhe no semblante.
Ela se apavorou. Tentou gritar e suscitar alguma compaixão dentro dele.
Tentou pedir perdão. Tentou... Esbarrara no ódio.
Uma bala à queima roupa perfurou-lhe a fronte. Seus olhos fecharam de imediato.
Não houve nem sequer um instante de agonia. Cessou instantaneamente frente ao metal quente.
O diálogo chegara a um acordo.
Ele não lhe faria mais perguntas sob a condição de ela nunca mais abrir a boca.
A mercê de uma criatividade (é preciso ressaltar que o ímpeto criativo aqui descrito, não é um dos que colaboram por encontrar soluções mais fáceis) relativamente sado-masoquista, as idéias surgidas em sua cabeça, levaram-no a fazer o que fez.
Conjecturou cenas em sua mente e misturou-as com as sensações do momento.
Sentiu que algo estava errado demais. E ouvia cada vez mais forte uma voz que dizia:
- Não acredite no que ela diz! A voz, surgida de um canto obscuro de sua alma, ganhava proporções cada vez mais alarmantes. E sua consciência, imersa em ilusões negras e odiosas, dava cada vez mais ouvido a esse rumor infernal.
Ele perguntou mais uma vez, calma e pausadamente: - Você está me traindo?
E Ela, exibindo um ar de consciência limpa, sorriu como quem dissimula uma pergunta idiota.
Ouviu um grito dentro si e uma gargalhada zombeteira. A voz lhe disse: - Não vês que ela te engana? Se não o fizesse, haveria de te responder e evitaria maiores discussões.
Parte do seu ego queria, realmente, era se convencer de que sua criatividade era demasiadamente estúpida. Convencer-se de que tudo o que pensava não passava de uma mera tolice. Só queria que ela respondesse a sua pergunta. Mas, que ela fosse convincente na resposta. Que olhasse nos olhos dele e dissesse: - Não vês que te amo? Por que haveria de querer outra pessoa? E então tudo ficaria bem. Todavia, algumas pessoas preferem o caminho mais longo, e muito embora o caminho mais perto não seja sempre o melhor, às vezes, é o que chega mais rápido.
Ela calou-se. Não respondeu a sua pergunta. Fez-se de desentendida. Aliás, para ela, a dramatização dele era digna de desprezo, e como tal, indigna de respostas.
Selou a tragédia que estava por vir.
Vociferou-lhe a Voz da alma, e os ouvidos estremeceram de ódio.
Uma descarga de adrenalina percorreu-lhe as veias. Suou sangue nesse minuto.
Perdeu o controle. E, como estivesse sem coordenação, assumira-lhe o corpo a maléfica voz da consciência deturpada.
Sacou uma arma. Apontou-lhe no semblante.
Ela se apavorou. Tentou gritar e suscitar alguma compaixão dentro dele.
Tentou pedir perdão. Tentou... Esbarrara no ódio.
Uma bala à queima roupa perfurou-lhe a fronte. Seus olhos fecharam de imediato.
Não houve nem sequer um instante de agonia. Cessou instantaneamente frente ao metal quente.
O diálogo chegara a um acordo.
Ele não lhe faria mais perguntas sob a condição de ela nunca mais abrir a boca.
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Ter uma idéia é uma questão de acessibilidade.
Estava no MSN conversando, quando derrepente, surgiu-me essa mórbida idéia.
Não sei de onde ela viera.
Porém, fui um mero ligador entre o seu lugar de origem e o seu lugar de destino ( esse blog).
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The End
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