Não tenho muitas lembranças fuma maconha caralho a cerca das páscoas que já vivenciei,
no entanto, as poucas que ainda perduram no baú da memória desta massa cinzenta e esclereosada
que é meu cérebro, trazem à tona uma forte gama de emoções edulcoradas de chocolate.
E era assim: a mãe comprava as guloseimas, preparava as cestinhas hoje isso é meio gay - talvez com a ajuda do meu pai biológico ou não -escodia-as, e nós tínhamos que procurá-las acreditando
que o coelhinho da páscoa havia as escondido. E era tudo perfeitamente executado conforme
manda a tradição. Nós, logo que acordávamos, procurávamos as cestas com um empenho sobrecomum e, após achá-las, pássavamos o dia todo saboreando cada item que ela continha.
lembro que eu, meus primos e os amigos competiamos quem tinha a cesta mais recheada
repartia-mos as guloseimas, trocávamos alguns bombons e, quase tínhamos uma overdose de chocolate durante o dia de páscoa. Mas, hoje em dia, após a incidência do tempo em minha vida,
confesso que perdi o encantamento por estas datas comemorativas.
Quando você descobre o preço de viver, percebe que caminhar com os próprios pés é mais difícil do que parece quando se é criança e a única intenção é crescer.
E é só hoje em dia também que consigo perceber, já com o coração mais maduro, o quanto minha mãe se esforçava para ver nossos rostos felizes. E é com esse mesmo coração, esculpido pela vivência,
que, emocionado, escrevo esta postagem. Talvez, por que a partir de agora, seja eu o tal "Coelho da Páscoa". Talvez, por que aprendi com minha mãe que, comprar chocolates não tem preço se for pra encher de felicidade a minha filhota. AMÉM!
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