Talvez, uma das coisas mais certas a que o Bicho-homem esteja sujeito é o TOMBO.
Pode ter certeza, se não cai enquanto grande, já caiu quando pequeno. E é fato, todo mundo vai cair um dia. Seja passeando na rua ou jogando futebol. Seja tomando banho, andando de bicicleta ou mascando chicletes. E, nesses tombos da vida, vamos agregando a nossa história pessoal, arranhões, fraturas, hematomas, luxações e cicatrizes (algumas das quais nos acompanharão pelo resto de nossas vidas).
No caso das cicatrizes, uma coisa não muda: você sempre vai ter uma na perna – provavelmente por que chutou algo que não devia ou tropicou em algo que estava no lugar errado na hora errada. Eu tenho uma na canela: Chutei a trave de madeira ao invés da bola em uma partida de futebol (isso exemplifica a minha habilidade em campo).
Esta semana, ao descer a escadaria da casa de minha sogra, lembrei da sensação deliciosa de cair. Escorreguei em um degrau e só fui parar uns três degraus abaixo.
Minha sogra, que acompanhou o tombo, me viu descer de bunda a escada aos berros:
- Cuidado! Cuidado! Ai meu Deus do céu!
Levar um tombo ao som de gritos não é nada agradável. Muda a intensidade da coisa:
Um tropicão e um simples tombo viram uma rasteira no beiral de um precipício.
E, pra quem cai, a sensação é de queda infindável. O tombo todo deve ter levado uns 2 segundos, mas, os gritos de minha sogra, me fizeram crer que não iria parar até que minha bunda não existisse mais.
Ao levantar, constatei alguns arranhões nas nádegas, nos dedos, no braço e uma forte dor no Cóquis, ou, o osso da bunda. Esta dor tem me perseguido desde então.
Seja no levantar, no sentar, no abaixar, lá está ela – ou melhor, aqui esta ela -, presente e viva como uma espécie de trauma. Agora, ao descer uma escada –qualquer que seja- rezo três “pais-nossos” e Duas “ave-marias” antes e desço a escada quase que como se estivesse pagando uma promessa de joelhos: Bem devagarzinho.
Bom, mas o melhor de tudo isso é saber tirar proveito da queda. Saber que ela veio pra me ensinar alguma coisa. O que aprendi com a queda?
Que devo prestar mais atenção nas coisas, que devo ter menos pressa, e que dor no osso da bunda dói pra caralho! ( Não sei, deve doer para o caralho também, mas aí já é outro assunto, e só sei dizer que eu sou o CARALHO para essa dor, capite?)....
Deixo vocês com uma sessão de tombos....
/
...Por que todo mundo Cai...