quarta-feira, 19 de agosto de 2009

A tia do Zarco!


Hoje pela manhã no Buzão, indo para o trabalho, fiz a boa ação de oferecer o Banco por mim ocupado a uma senhora de idade que recém entrara no mesmo ônibus. Ela olhou para mim com seus olhos cheio de rugas e negou. E, antes fosse isso apenas, tudo bem: Não quer sentar, fechô, nem me incomodo! Mas ela tentou explicar por que não queria:

- Não gosto desses acentos contrários! Prefiro ficar em pé!

Eu estava sentado em um banco (diga-se de passagem, preferencialmente de idosos, gestantes e deficientes físicos) que é virado para os demais bancos. Ou seja, quem senta neste banco percorre o itinerário de costas para o fluxo do ônibus e de frente para as demais pessoas.

Eu pensei: “Pô, só que faltava, né? Além de termos que oferecer o lugar para os idosos, temos também que lhes perguntar se o acento é do conforto deles? Talvez eles desejassem um Suco ou café, quem sabe?.”

Não, não me entendam mal. Não me importo de levantar e oferecer o Banco. Já o fiz muitas vezes. Mas sim, me perturba a idéia de uma senhora como a que me negou a minha ação – visivelmente idosa e talvez, até sem forças para se segurar acaso o motorista necessitasse frear bruscamente - ter a audácia de recusar o acento só por que não lhe apraz viajar de frente para os demais passageiros (pelo menos foi o que ela disse - mas eu não vi desse jeito!).

Sei lá, talvez algumas pessoas não aceitem o TEMPO e o envelhecimento. Por que, embora eu possa estar errado, o que aparentou foi que ela queria provar para os demais passageiros no ônibus que ela ainda era capaz de permanecer em pé firme e forte (ou melhor, como se ela ainda fosse jovem o suficiente para não precisar sentar). Enfim, o Ônibus seguiu, e eu só de olho na velhinha. A cada nova curva, eu previa um tombo.

Mas ela era resistente. Chacoalhava feito um galho ao vento, mas não caia. E confesso que até determinado momento eu desejei que ela caísse. Sei lá, só pra chamá-la de teimosa. <]Maldade da minha parte, eu confesso. Mas, cá pra nóis, e se ela se espatifasse no chão do ônibus, a culpa seria de quem? Dela ou do motorista? Certamente, todos os outros passageiros (menos eu) culpariam o MOTÓRA.

Bom, daí chegou o meu PONTO e eu precisei descer. Mas, não sem antes fitá-la no olho e desejar-lhe um TOMBO. Talvez assim ela aprendesse a respeitar a própria idade. Talvez assim ela aprendesse a não recusar boas ações.

Ela me olhou enquanto eu descia do Buzão e, eu pude perceber na extremidade do seu lábio um sorriso de vitória. Como se ela quisesse me dizer: - Não vou cair Moleque! Sou jovem e forte o suficiente para estar de PÉ. Há – há – há - háááááá!

Desci no meu ponto e segui meu caminho. E, agora que já estou no final deste texto (e um pouco mais de boa) é que tenho a certeza de que nem me deixaria incomodar com a velhinha se eu não tivesse acordado meio de MAU HUMOR. É, às vezes uma boa noite de sono é essencial para o dia nascer feliz. (prometo não dormir mais tão tarde quando tiver que acordar cedo!)...

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E pra descontrair e esquecer de vez essa história, nada melhor do que Terminar o POST com um vídeo dos trapalhões. (Que? Por que os trapalhões? Não sei, mas, FODA-SE! assistam aê! Tem a ver com ônibus!)




ATé Breve, com mais uma histórinha de camelão...

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Um Camaleão dentro de um Aquário...Ou, numa linguagem mais Denotativa, alguém que Vive uma flexível versão de Si mesmo. Não morreria por quem sou agora, mas, talvez, por quem poderia vir a ser amanhã... Dentro do Aquário, quer dizer que estou dentro da VIDA....Quer dizer que VIVO! E este Blogue, nasceu com o único propósito de Descarregar algumas das minhas Ilusões, dos pensamentos, dos contos que Pairam pela minha Mente, das coisas que já fiz...Enfinx, é uma mistura de Diário da vida com Um diário de uma imaginação...